Conheça a história da servidora Luana Rodrigues
Mãe de cinco filhos atípicos, graduada em direito, empreendedora, confeiteira, pessoa com deficiência, mulher. Eis algumas características que contam um pouco da história de Luana Rodrigues, servidora do Poder Judiciário, lotada no gabinete da desembargadora Elisabeth Carvalho.
Desde muito cedo precisou enfrentar situações desafiadoras, como a violência intrafamiliar. “Foi um momento muito marcante, ali encerrou e nasceu uma nova Luana, agora livre de algoz da vida inteira”.
Após enfrentar a situação, Luana se viu em mais um ciclo de violência, dessa vez doméstica, cometida pelo seu companheiro. “Pensei de novo não, já tive forças para enfrentar uma situação bem pior porque era um pai, para aceitar que um marido grite e bata em mim na frente de um filho, não”.
Mãe de cinco
Por seus cinco filhos, Luana conta que faz de tudo. Todos eles são crianças atípicas, diagnosticadas com autismo. A rotina de terapias requer planejamento, recursos financeiros e acima de tudo, amor. “É uma gestão de tempo muito difícil, são muitas horas nas clínicas, fora o manejo em casa”.
Para auxiliar nas despesas decorrentes das necessidades especiais dos filhos, Luana começou a empreender como confeiteira. “Eu fazia bolos de madrugada. Essa renda extra ajudava muito nas despesas deles. Mas eu fui proibida de fazer no meu condomínio, e foi assim que fizeram uma vaquinha para me ajudar e aluguei uma sala”.
A loja de Luana encontra-se em reforma e em breve estará em funcionamento. Por enquanto, ela já está produzindo os bolos por encomenda no local. Confira no instagram @terracodosbolos
E foi a partir desta experiência, que Luana decidiu criar o projeto social “Famílias Atípicas Empreendedoras”, que conta com cerca de 180 famílias que buscam uma renda extra para auxiliar nas despesas.
Para ela, ser inspiradora é usar sua história para ajudar o próximo. “Todos temos uma história, devemos torná-la uma ferramenta para ajudarmos outras pessoas. Minha história pertence a qualquer mulher que precisar de mim, e é assim que mudamos a nossa comunidade”.
Conheça a história da servidora Stephany Domingos
Stephany Domingos é jornalista, servidora da Diretoria de Comunicação do TJAL, analista judiciária há cerca de um ano e meio, depois de 16 anos de serviço público como bombeira militar estadual.
Depois de vivenciar relacionamentos abusivos e enfrentar uma depressão profunda, ela rompeu o ciclo de violência, se reencontrou e hoje vive a vida que sempre almejou.
“Ter tido uma depressão muito grave, ter chegado a desistir da minha vida, ter vivido relacionamentos abusivos não foi fácil. Mas encontrei forças para me reerguer e para voltar a ser eu”.
Ela explica que mulheres que passam por ciclos de violência se anulam e perdem sua essência. “Quando passei por todas essas dificuldades, pensei que nunca mais seria capaz de realizar os meus sonhos”.
Virada de chave
Durante uma internação hospitalar, após uma tentativa de suicídio, Stephany conta que viu no sofrimento de sua mãe a força que precisava para lutar.
“Quando eu estava completamente perdida e não tinha mais amor por mim, eu olhei para minha mãe com o rosto abatido no hospital e pensei o que eu estava fazendo comigo, com a minha mãe e com a minha família. Ali enxerguei a força que eu precisava”.
Depois de tratamentos farmacológicos e terapêuticos, além da inclusão de hábitos e pessoas mais saudáveis em seu cotidiano, Stephany conseguiu ressignificar as dificuldades.
“Precisei ir ressignificando todo esse processo e voltar a fazer as coisas que eu gostava de fazer e a buscar aquilo que eu sempre sonhei, seja na vida pessoal ou profissional. E aos pouquinhos eu voltei a me amar, a cuidar de mim e a gostar da pessoa que eu sou”.
Stephany ressalta a importância do autoconhecimento para uma vida feliz, onde a mulher é valorizada e tem suas escolhas respeitadas. “Hoje eu sou a Stephany que sempre sonhei e consigo me ver como uma mulher forte, apesar das minhas fraquezas e vou ensinar minha filha tudo que precisei aprender aos trancos e barrancos”.
Para ela, ser uma mulher inspiradora é superar os desafios e ressignificar sua história. “Entendo que tudo que vivi não foi bom, mas já que aconteceu eu precisava achar nisso tudo motivos para ressignificar minha jornada. Já ajudei mulheres, já dei palestras e sempre digo a mulheres que passam por isso que elas são capazes de se amar e de conquistar tudo que sonharam para suas vidas”.
Conheça a história da servidora Marcelle Torres
A analista judiciária Marcelle Torres é servidora da Comarca de Porto Real do Colégio desde 2010. Sempre confiante em dias melhores, Marcelle tem uma rotina corrida, mas faz tudo com muita disposição por sua família.
No final da gestação de seu segundo filho, ela descobriu uma má formação grave. “Descobri que ele tinha uma hérnia diafragmática na última ultrassom. Ele tinha 20% de chance de sobreviver. No primeiro dia de vida, ele fez uma cirurgia e ficou tudo bem. Porém, ele contraiu infecção hospitalar, e ficou três meses na UTI entre a vida e a morte”
Ela conta que a infecção causou muitas sequelas em Artur, hoje com dez anos. “Os cinco primeiros anos de vida dele foram muito difíceis, mas hoje ele está bem. Ele teve comprometimentos graves em diversos órgãos, por isso ele não anda, não fala”.
Gerenciando o tempo
Devido às dificuldades de saúde de seu filho, Marcelle conta que chegou em seu limite físico e psicológico, mas que gerenciar seu tempo trouxe consequências muito positivas para todos.
“Com o tempo eu passei a agradecer e tudo melhorou. Passei a cuidar de mim também, a dividir melhor o meu tempo e a delegar responsabilidades, porque eu achava que só eu sabia fazer tudo, mas não pode ser assim”.
Ela acredita que ser inspiradora é viver a vida de forma leve e positiva, apesar das dificuldades que possam surgir.
“Aprendi que mesmo nos piores momentos, as coisas melhoram. No meio de toda a correria, levo de boa e sempre penso à frente. Tento sempre não reclamar, agradecer. E se algo acontecer, temos que ter força e coragem para seguir e fazer o que tem que ser feito”.
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